sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


"Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu." (Isaías 43.1)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

“SEDE SANTOS, POIS EU SOU SANTO”

No domingo 23 de fevereiro, enlevados pela alegria que é adorar e bendizer o nosso Mestre Jesus, reunimo-nos novamente. Nossa irmã, Bárbara, trouxe-nos a reflexão sobre a Palavra de Deus, relacionando o texto do Levítico 19 1-2, 9-14 com o do Evangelho segundo São Mateus 5 38-48. Ela destacou que ao nos recomendar perfeição semelhante à do nosso Pai que está nos céus, Cristo vem tornar mais alto o nosso alvo, que, portanto, deixa de se limitar à observância literalista dos preceitos da Lei; observância tal que diversas vezes abria espaço à soberba de muitos.

Há admirável grandeza em certos trechos da Lei, pouco citados, devido à relevância que os poderosos deram a outros versículos que, a partir de suas próprias interpretações, eram úteis para o objetivo de pesar o jugo de sua dominação sobre o povo.

Através da fala “eu porém vos digo”, recorrente no Sermão do Monte, Jesus reafirma que veio interpretar a Lei de modo mais amplo e não destituí-la de sua dignidade e importância. Nós cristãos seguimos a Lei e os Profetas conforme a visão de Cristo, que, segundo nosso ministro Júlio, era uma visão já existente entre alguns rabinos.



Paulo mencionou uma figura islâmica muito bela e expressiva: a da mariposa que, atraída pela luz da vela, se joga em direção a ela e acaba por se queimar na chama, vindo a ser uma só com esta. Da mesma forma, a santidade consiste em abandonarmo-nos a nós mesmos, tornando-nos, assim, instrumentos para a ação da graça do nosso Pai celestial. Como disse ele: não é o caso de reservar um lugar em nós para Deus, mas de nos anularmos totalmente e nos lançarmos ao nosso Senhor, como fez a mariposa à chama. É assim que o ser humano se torna plenamente bom, santo e divino: somente pela graça.

Depois da Liturgia da Palavra, no momento da Comunhão, cada um de nós dedicou a hóstia a um irmão, dizendo o porquê daquele ato. Repartimos, assim, o pão; partilhamos depois o vinho tomando-o no mesmo cálice, como, segundo a tradição, fizeram Cristo e os apóstolos na Ceia.

Temos – graças a Deus! – aprendido diariamente a ser comunidade, a ajudarmos uns aos outros, com uma palavra de ânimo, um sorriso, um abraço... ou mesmo com outro auxílio em tempos mais difíceis que porventura algum de nós esteja passando... Cristo nos chama à partilha e ao auxílio, à santidade e ao carinho, a despeito de nossas multidões de erros, porque, onde abundou o pecado, superabundou a graça! Amém!


Juiz de Fora, 24 de fevereiro de 2014

Breno Ricardo

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra" (Salmo 46.10)

A DIVINA LIBERDADE EXPRESSA NA LEI



Durante este último sábado, 15 de fevereiro, dia em que as muitas águas, desacanhadas, enfim, caíram dos altos céus, recebemos nossa querida Reverenda Inamar, da Paróquia de Todos os Santos, da qual nossa capela é parte.

Prosseguimos meditando sobre os ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte. A Reverenda destacou que quando Cristo inclui como erro a vontade de fazer o mal, quer se referir ao fato de a ação provir do desejo. Jesus nos ensina, com sua interpretação da Lei, a garantirmos a sua observância, sendo radicais na prática do amor. Afinal, quem ama não deseja o mal, antes, o evita.

Na manhã de domingo, em que ainda se via nubígenos tons de uma chuva há pouco dispersa, reunimo-nos novamente em torno da mesa do Senhor e, mais uma vez, partilhamos do Corpo e do Sangue de Cristo. A nossa reflexão baseou-se nos mesmos tetos de sábado, porém, Paulo, nosso ministro leigo, aprofundou pontos importantes deles.

Um desses pontos é a Lei mosaica ter sido escrita como um resumo prático da aliança de Deus com seu povo no Monte Sinai. Entretanto, infelizmente, o que deveria ser fonte da liberdade divina, acabou por tornar-se, com o passar do tempo, em grilhões com os quais os homens de árido coração instituíram domínio sobre o povo. Com efeito, para restituir o objetivo original da Lei, que é a liberdade e o desenvolvimento das potenciais virtudes humanas, perdidas em meio à demasiada preocupação com o mal e com a ira divina, é que Jesus vem, e rememora-nos o amor como maior mandamento, medida pela qual todos os outros devem passar.

Objetivando anunciar as boas novas de Jesus, conversamos, após a celebração, sobre um curso evangelístico inovador, cheio de surpresas, no qual estamos trabalhando. Brevemente haverá mais notícias acerca de sua realização e, futuramente, dos frutos colhidos: que mais uma parte da nossa sociedade tenha a consciência de que Deus nos quer livres de todo e qualquer tipo de prisão!


Juiz de Fora, 19 de fevereiro de 2014

Breno Ricardo

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está no céus." (Mateus 5.16)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

VIVER O REINO É TORNAR-SE ALUNO DAS CRIANÇAS


Seguindo o calendário litúrgico, refletimos, nesse domingo, acerca da nova interpretação que Jesus traz sobre a lei mosaica. Interpretação essa que tem por premissa o mandamento maior, o amor, portanto, de modo algum, Cristo veio despojar a dignidade da Lei, muito menos descumpri-la.

No Evangelho segundo São Mateus há uma passagem que trata esse tema. Comentando-a, Júlio, nosso ministro leigo, falou sobre a necessidade de se tirar as sandálias diante dos pés descalços dos miseráveis, caso contrário, corremos o risco de nos perdermos ao nos considerarmos mais sagrados que os outros. Ouvindo isso, Henrique, uma das crianças da nossa comunidade, tirou imediatamente as sandálias dos pés!

Essa atitude acresceu brevemente à nossa reflexão, a importância de se aprender com as crianças, afinal, elas têm características especiais que, com o tempo, se perdem em meio à soberba da racionalidade adulta. Elas são ingênuas e dispostas à prática do bem; inteligentes e sagazes; questionadoras, mas não arrogantes; dentre outras peculiaridades infantis.

Em um trecho do Evangelho segundo São Marcos, lê-se: “Deixem vir as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. Creio que Jesus nos ensinava, com essa exortação, que a felicidade da vida abundante oferecida por Deus, só pode ser desfrutada se derrubarmos os muros que criamos em torno de nós mesmos e, humildemente, conciliarmos a meninez à seriedade adulta.

Então, sejamos sérios – não sisudos; acresçamos a isso toda sorte de puerilidade que nos for possível, misturemos com ilimitado amor ao próximo: vivamos, assim, felizes, o Reino que Cristo nos deu a nós!

Juiz de Fora, 13 de fevereiro de 2014

Breno Ricardo

domingo, 23 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

"Perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros." (João 21.15)

Estávamos visitando igrejas que apoiam nosso ministério missionário. Em uma refeição, nossa anfitriã e seu marido prepararam waffles deliciosos com uma levedura natural que ela guardava havia 44 anos. Tinha sido um presente da tia de seu marido e estava na família havia 75 anos. A levedura natural exige cuidados; ela tem de ser "alimentada" regularmente com açúcar, leite e farinha. Para que a levedura permaneça útil para ser usada no pão, ela tem que ser cuidada, usada e partilhada; de outro modo ela "morre". Nossa anfitriã nos contou que ela havia dado um pouco a um jovem casal, mas a levedura tinha "morrido". "Talvez eles não estivessem prontos para recebê-la", disse ela
.

Desde o início dos tempos, o ser humano tem recebido muitos tipos de "levedura natural" de Deus: nossas habilidades, dons, amor e graça. Estamos cuidando bem delas? Estaremos alimentando-as para que possam alimentar outros/as? Se não partilharmos nossas habilidades e dons, eles morrerão por falta de uso. Quando estivermos prontos para receber o amor e graça de Deus, poderemos partilhar com os outros sua maior dádiva: Jesus Cristo.

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Oração

Nós te agradecemos, Senhor, por todo amor, graça, perdão e paz que tu nos deste. Que possamos estar sempre prontos a partilhar estas dádivas com os outros. Em nome de Jesus. Amém.

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013) 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

"Tem bom ânimo filho; estão perdoados os teus pecados." (Mateus 9.2)

Como muitas crianças, eu tentava aplicar minha própria noção de ordem à minha vida. O que havia de errado em ao menos experimentar a sobremesa antes da carne e das verduras? Por que a lição de casa não podia ser feita depois de assistir à televisão? Felizmente, minha mãe considerava pouco conveniente até os mais persuasivos argumentos. Inevitavelmente, suas prioridades prevaleciam e em consequência disso minha vida foi melhor.


Jesus também dava grande importância às prioridades. Antes de cuidar das enfermidades físicas do paralítico, Jesus cuidou de sua doença espiritual. Somente depois de curar a doença do espírito - "estão perdoados os teus perdoados" - Jesus curou a paralisia física. Ao abordar a situação deste modo, Jesus ensinou uma lição valiosa.

Hoje, o tempo antes dedicado a definir e resolver as prioridades é usado para dominar uma abordagem diferente: a multitarefa. Tarefas concluídas ao mesmo tempo raramente precisam de uma definição de prioridade. No entanto, Jesus optou por colocar o bem-estar espiritual em primeiro lugar. Posso ouvir minha mãe dando uma gargalhada diante dessa ideia. "Como eu sempre disse, filho, as prioridades vêm primeiro".

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro 2013)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

"Em tudo, dai graças, porque é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (1 Tessalonicenses 5.18)

Ao longo dos anos eu aprendi que as listas de gratidão me ajudam a ficar mais positiva
. Eu uso o alfabeto, agradecendo a Deus por pessoas da Bíblia - Abraão, Benjamim, Calebe. Às vezes, uso versículos em ordem alfabética, tais como: "A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava  por sobre as águas." (Gn 1.2); "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mt 5.3); "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (Sl 51.10).

Recentemente, uma amiga me disse que ela faz uma lista de "gratidão rebugenta" no espírito de 1 Tessalonicenses 5.18 - "Em tudo dai graças". Minha a miga busca motivos para ser grata em qualquer situação.

Não muito tempo atrás eu tive um dia de irritação. Depois de bater três ou quatro portas, lembrei-me da prática de minha amiga e parei para começar uma lista de gratidão rabugenta. Pensei, "Tudo bem, Deus, sou grata pelas portas batidas que aliviam as frustrações. Sou grata pelas portas que mantêm o calor dentro de casa no inverno e se abrem para deixar a brisa fresca entrar durante o verão". Minha lista de gratidão rabugenta continuou, transformando meu dia de irritação em muita benção. A lista de gratidão rabugenta me ajudou a reconhecer as muitas coisas que eu tinha a agradecer e que não havia notado momento antes.

Mesmo quanto parece que não há nada por que ser grato, podemos encontrar algo para agradecer a Deus.

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013) 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará" (João 6.27)

Toda primavera, o fazendeiro proprietário do campo ao lado de nossa casa passa vários dias semeando. Quando ele parte, centenas de gansos chegam voando e grasnando e começam a comer. Imagina-os dizendo: "Chamem todos os gansos. Este banquete é bom demais para perder. É nossa oportunidade de nos empanturrarmos". Nós adoramos vê-los se aglomerando e se fartando. É de admirar que alguma semente sobreviva, mas o fazendeiro ainda colhe uma boa safra no outono.

Jesus também chama pessoas de todas partes para o seu banquete. Ele não quer que ninguém fique para trás ou sem saber das maravilhosas oportunidades e privilégios recebidos por aqueles/as que o amam e seguem. Nós deveríamos estar mais empolgados que os gansos e ansiosos para contar a nossos familiares, amigos, conhecidos e até desconhecidos sobre suas promessas e amor. Quando oramos pelas oportunidades de partilhar esta boa-nova, Deus nos dá sabedoria e as chances para isso.


Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013)

domingo, 16 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

"E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus." (Mateus 14.29)

A maioria de nós está familiarizada com a cena descrita na passagem bíblica acima. Podemos tê-la lido ou ouvido muitas vezes, mas geralmente nosso foco está no fato de Pedro ter tido medo e começado a afundar. Hoje eu fui apresentada a outra perspectiva. Sabemos que Pedro ficou tomado de medo; todos nós podemos nos identificar com essa experiência. Mas quantos de nós podemos nos identificar com sua primeira ação: dar um passo?

Esse primeiro passo exigiu coragem, fé e risco. Muitas vezes nos sentimos em meio a uma tempestade, cercados por circunstâncias violentas. Sabemos que Deus está lá, mas às vezes estamos assustados demais para deixar o conforto de nosso barco e segui-lo. E se optássemos por ser como Pedro e dar o primeiro passo? Podemos ter medo, mas podemos encontrar consolo quando oramos e ouvimos a resposta de Deus: "Tende bom ânimo! Sou eu. Não temas".

Podemos dar o passo e encontrar um monte de obstáculos. Mas assim como Pedro foi resgatado, Deus estará lá com a mão estendida para salvar também. Podemos confiar nele, dar esse passo e nunca mais olhar para trás. Logo descobriremos que esse passo pode mudar o curso de toda nossa vida.

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR



Foi-se o tempo em que os nossos Magistérios se manifestavam rápida e agilmente sobre os desacertos na e da sociedade.  

Fico até pensando que talvez a idéia de "pecado social" ou "dimensão social do pecado pessoal" tenha caducado, e em nossas comunidades de fé está liberado fazer tudo, qualquer coisa, desde que com bastante barulho.
 
Formar consciência? Libertar de jugos sociais e políticos? Ensinar que fé tem tudo a ver com política, com sociedade, com integridade, com poder?
 
É melhor deixar isso de lado, fingir democracia, aplaudir os palhaços que fazem da rua um circo, esquecer que a direita racista e elitista ainda existe e ainda prende negrinho ladrão em pelourinho.
 
Mais relaxante virar o rosto para o fato de que reforma não se faz com bombas, mas com educação para o convívio e a paz, e subirmos aos púlpitos bem engomados e pregarmos "Bem aventurados os pacíficos...!" enquanto rojões de crianças políticas manipuladas explodem em nossa orelha esquerda, nos ensurdecendo ao grito abafado de quem realmente quer mudança, e não guerra.
 
Mais cômodo fechar os olhos para o profundo descompromisso com a educação, e repetir numa ladainha sem sentido que "o tempo de Deus mudar a sua vida é hoje, Aleluia!", e nos esquecermos de sermos fortes e corajosos no testemunho entre os homens no poder do Espírito Santo.
 
Muito mais seguro, decerto, evitar mostrar a tibieza de nossas convicções políticas, de fé, de vida, de amor ao próximo, de diálogo, de educação para a cidadania, de inclusão... e dormirmos.
Todos nós, igrejas do Brasil, temos sido omissos, e talvez por isso este discurso pareça até ultrapassado ou conversa pra boi dormir...
 
Mas o fato é que, se não usarmos de nossa autoridade profética para denunciar e apontar os desatinos que temos visto, ficaremos acuados no fundo de nossas sacristias, fartos e obesos, sem termos certeza se o que se passa é o pesadelo de nosso sonho perdido ou; pior, muito pior; se o desencontro entre vontade política e ação pseudo-cidadã de nossos fiéis, que sujam as mãos em formas cada vez mais violentas de "manifestação", é uma aprazível canção de ninar para nossas pernas preguiçosas em fazer mais caminho... (ilustração: "Soneca", de Pulika)


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014


"O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma." (Salmo 121.7)

PARA REFLETIR

Um dia, um pássaro entrou em nossa sala de estar por uma porta aberta e não conseguia encontrar um jeito de sair. Ficou muito frustrado e se debateu contra o teto até que sua cabeça começou a sangrar. Finalmente ele parou e se empoleirou na vara da cortina. Minha filha aproximou lentamente sua mão e pegou delicadamente o passarinho. Ele então permitiu que minha filha o libertasse.

De modo semelhante, Deus nos observa quando nos debatemos contra os obstáculos na vida. Essas dificuldades, más escolhas e equívocos podem prejudicar e causar dor à nossa alma. Em meio à angustia e tristeza, nem sempre conseguimos sentir a delicada mão do nosso Criador, que nos observa e ajuda no momento certo. Mas se tivermos a sabedoria para permitir que Deus gentilmente nos envolva e nos guie, nossa alma se acalmará ao experimentarmos seu poder e amor.

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013)

domingo, 9 de fevereiro de 2014

PARA REFLETIR

Eu tinha acabado de dar várias voltas frustrantes pelo estacionamento do hospital à procura de uma vaga quando eu vi um homem se dirigindo a seu carro. Eu me posicionei de modo a entrar em sua vaga, que eu, naturalmente, considerava minha. De repente, uma jovem manobrou seu carro com rapidez e destreza ao redor de vários carros estacionados e entrou na vaga que eu estava esperando. Ela saiu apressadamente de seu carro, lançou um sorriso pra mim e afastou-se rapidamente para o hospital. Não sei o que ela estava querendo comunicar com aquele seu sorriso, mas interpretei-o negativamente enquanto eu estava lá me consumindo de raiva.

Mais tarde, em minha hora silenciosa com o Senhor, percebi que a minha reação devia ter sido muito mais gentil. Talvez a mulher estivesse no meio de uma emergência de vida, e seu sorriso fosse um apelo para que eu entendesse ou a perdoa-se. Qualquer que tenha sido a situação, percebi que eu precisava reagir de uma forma que agradasse ao Senhor. Jesus, com infinita sabedoria, nos deu as orientações e instruções nas bem-aventuranças para nos ajudar a viver com humildade em nossas relações e nos assemelharmos mais a ele. E em 1 Pedro 5.5, lemos: "no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça"

Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013) 

"Bem aventurados os humildes de espírito, por que deles é o reino dos céus" (Mateus 5.3)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens" (Colossenses 3. 23)

PARA REFLETIR

Deus optou por vir à terra na forma de um bebê humano. Quão admirável! Em vez de vir como adulto e de forma dramática, como um super-herói, Deus veio silenciosamente ao mundo na forma mais frágil e mais vulnerável - dependente de uma mãe humana para obter alimento, proteção e carinho. Por que Deus optou por vir à terra como uma criança?

Se fôssemos planejar o evento da chegada de Deus à terra, nós certamente adoraríamos o método do super-herói, com fanfarras e tambores. Somente Deus pensaria vir como um bebê. Mas de novo perguntamos: "Por quê?"

Aparentemente, Deus optou por se identificar com nossa condição humana e experimentar a vida a partir de uma perspectiva terrena, enfrentando a tentação, a fome, o cansaço, a fraqueza, o sofrimento e a morte. Deus se humilhou para que pudéssemos descobrir que sua verdadeira natureza é o amor. Ele veio para nos mostrar como viver e como amar. Como filhos terrenos de Deus, nós aprendemos melhor pelo exemplo; por isso Deus enviou o melhor modelo, a "dádiva perfeita" numa forma que pudéssemos compreender. Quão admirável é a graça de Deus!

Fonte: Encontro diário com Deus no Cenáculo (novembro/dezembro de 2013)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A BELEZA DO AMOR QUE TEM DEUS, POR NÓS



A priori, peço perdão por não ter escrito na semana derradeira. Infelizmente, por causas maiores, não consegui estar presente na celebração, o que me destituiu da capacidade de falar sobre ela.

Tendo sido agraciado com a vossa compreensão, dou início a esta crônica não falando do belo dia que fazia nesse domingo, 02 de fevereiro; mas das belas pessoas que compõe nossa comunidade de fé. A beleza transparece pelos olhos de cada um, inundando os abraços com que nos cumprimentamos, as atitudes ímpares e as cotidianas. Não que sejamos perfeitos, porventura estejamos bem distantes disso... A nossa beleza é a inerente a todo o ser humano, porque acima de tudo, somos todos filhas e filhos de Deus. E graças a ele somos aceitos com nossas virtudes e defeitos. Quando nós anglicanos nos reunimos em torno da mesa de Cristo celebramos isso também!

A redenção com que Deus nos presenteou é universal e para que dela desfrutemos apenas é preciso reconhecer o menino Jesus e seguir seu chamado ao amor. Nesse domingo, segundo a tradição, celebramos a festa da apresentação de Cristo no templo. A nossa irmã Glorinha compartilhou conosco uma reflexão sobre esse importante fato da história cristã. Afinal, quando reconhecemos o menino Jesus, como ocorreu ao justo e piedoso Simeão e à profetisa Ana, somos chamados à prática do amor: amor-próprio, amor ao próximo, amor a Deus...  Essa magna virtude é que nos torna dia após dia mais humanos; e que é a força motriz para a construção de um mundo melhor, mais belo.

Após a missa partilhamos à mesa um café da manhã, como é costume anglicano. Fazemos isso a fim de conversarmos e nos tornarmos, por conseguinte, irmãos cada vez mais unidos, que caminham juntos rumo ao alvo comum de derramar abundantemente sobre o mundo o mesmo amor com que Deus ama a humanidade!


Juiz de Fora, 05 de fevereiro de 2014
Breno Ricardo