quinta-feira, 31 de julho de 2014

Para refletir



"Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem." (Êxodo 14.15)

A dengue estava crescendo em nossa região e a febre de meu filho estava subindo. Como não tínhamos dinheiro e a maioria dos médicos nas Filipinas não dá crédito, achei que devíamos ficar em casa e orar pela cura. No entanto, minha esposa insistiu para que o levássemos ao médico sem dinheiro no bolso. No caminho, paramos num caixa eletrônico para ver o saldo de nossa conta. Ficamos admirados ao descobrir que o meu salário tinha entrado entes do esperado.

Os israelitas se viram em uma situação semelhantemente difícil (Ex 14). Ao fugirem do Egito, os israelitas se viram encurralados entre os egípcios que os perseguiam e o Mar Vermelho. Moisés acreditava na libertação de Deus e exortou o povo a ter coragem, permanecer em silêncio, não fazer nada e ver a salvação de Deus (vv. 13-14). Mas Deus disse a Moisés para parar de falar e seguir em frente (v. 15), e quando eles avançaram com fé, o Senhor os libertou.  

Às vezes, quando achamos que estamos esperando pacientemente por Deus, na verdade estamos paralisados pelo medo e insegurança. Nessas ocasiões nós podemos orar e então seguirmos o exemplo de minha esposa e a instrução de Deus - seguir em frente com fé.

Oração:
Senhor amado, dá-nos sabedoria para discernir se precisamos esperar pacientemente ou sair de nossa zona de conforto - em obediência e com um propósito. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Será esse o momento em que Deus está dizendo: "Levanta-te e vai"?
Oremos pelas pessoas que estão enfrentando decisões difíceis.

Fonte: Encontro Diário com Deus n
o Cenáculo (março/abril de 2013)

terça-feira, 29 de julho de 2014



"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Provérbios 22.6)

domingo, 27 de julho de 2014

Mateus 13.31-32 (Parábola do Grão de Mostarda)



E contou-lhes outra parábola: "O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor entre todas as sementes, quando cresce, torna-se uma das maiores plantas e atinge a altura de uma árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos". 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Para refletir



"Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia." (Mateus 28.5-6)

Anos atras eu visitei o túmulo de Vladimir Lênin em Moscou, Rússia, e depois o de Chou En-lai, em Pequim, China. Em cada túmulo, o corpo do antigo líder estava preservado em um caixão transparente onde seus fiéis seguidores podiam vê-lo ao prestarem suas homenagens. Ao sair de cada um desses túmulos, o mesmo pensamento passou pela minha mente: Onde os seguidores de Jesus podem ir para ver o seu corpo? A resposta é claro que em lugar nenhum!

Eu também visitei a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, construída ao redor do ponto tradicional da tumba de Jesus. Pessoalmente, gostei mais de outro ponto, chamado "Tumba do Jardim". Embora ela possa ou não ter sido a tumba de Jesus, ela se parecia mais com a tumba que eu imaginava. Entrei passando por uma grande pedra em um sulco que permite rolá-la para selar a entrada da tumba. Vi onde um corpo teria sido colocado, mas não havia corpo em nenhuma das duas tumbas de Jerusalém.

Nenhuma grande religião, exceto o cristianismo, afirma que seu fundador ressuscitou dentre os mortos. Se essa afirmação dos seguidores de Jesus não fosse verdadeira, tudo o que as autoridades teriam de fazer era apontar para seu corpo morto. Eles tentaram dizer que os discípulos o roubaram (Mt 28.12-13), mas será que aqueles que se esconderam na noite da Páscoa "por medo dos judeus" (Jo 20.19) sacrificariam suas vidas se soubessem que a ressurreição era uma mentira? Três líderes, três tumbas, mas apenas um líder está vivo hoje!

Oração:
Graças, ó Deus, por Cristo, nosso Salvador ressurreto e pelo poder do teu Espírito Santo. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Regozijemos por nosso Senhor Ressurreto!
Oremos pelos visitantes de Jerusalém.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013) 

domingo, 20 de julho de 2014

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Para refletir



"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam." (Mateus 6. 19-20)

Hoje em meu país sofremos uma tremenda insegurança por causa da violência generalizada. Isso levou muitos de nós a evitar possuir carros ou jóias. Estas nos expõem ao perigo de perder nossos bens ou mesmo nossas vidas. Viver em circunstâncias tão extremas nos lembra da mensagem de Jesus para que não acumulemos tesouros na terra, mas antes busquemos o reino dos céus.

Mesmo com todas as nossas preocupações para não aparentar riqueza, um jovem armado roubou o carro de minha esposa. Ela não foi ferida, Graças a Deus; e o ladrão não levou sua bolsa nem as chaves de nossa casa. No entanto, não conseguimos esquecer esse incidente. Minha esposa me lembra: "Nós não perdemos apenas o carro; perdemos nossa segurança e a sensação de paz."

Hoje nós vivemos modestamente por necessidade e não por convicção. Os discípulos de Jesus deram um passo a diante. Por sua fé eles deixaram tudo o que conheciam para buscar o reino dos céus. Nosso desafio é alimentar nosso crescimento espiritual e colocá-lo à frente da absurda acumulação de riquezas - a agir por fé e não por medo.

Oração:
Deus fiel, dá-nos a força para colocar-te em primeiro lugar em nossas vidas, acima de tudo que possuímos. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Nenhum bem é tão valioso quanto nossa fé em Deus.
Oremos pelas pessoas que vivem com medo da violência.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013)

sábado, 12 de julho de 2014



"[O pastor] chama pelo nome as suas próprias ovelhas." (João 10.53)

Oração:
Senhor amado, enche nossas vidas com momentos de Páscoa, momentos em que te encontramos no meio das coisas do dia a dia, e sabendo com certeza que tu sabes o nosso nome - o nome de cada um de nós. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Para os que olham e ouvem, todo dia é Páscoa.
Oremos pelos que se sentem esquecidos.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013)

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Para refletir



"Nós amamos porque ele nos amou primeiro." (1 João 4.19)

Recentemente eu viajei com minha  irmã para visitar suas filhas e seus netos. Durante nossa estadia, não pude deixar de perceber o quanto seus netos adoravam sua "YaYa". Kyler, de 5 anos, queria estar com ela o tempo todo. Quando nós sentávamos para comer, ele segurava a mão de YaYa. Ele estava totalmente apaixonada por ela. Perto do fim da semana, eu perguntei a ele: "Kyler, por que você ama tanto a YaYa?" A princípio ele encolheu os ombros e disse: "Não sei". Mas, de repente ele se iluminou, como se a resposta acabasse de lhe ocorrer e exclamou: "Porque ela me ama!"

Que resposta simples e honesta! Todos nós queremos ser amados e tendemos a amar as pessoas que nos amam. Minha irmã daria sua vida pelo seu neto e ele sentia a profundidade do seu amor. O mesmo acontece conosco. Nós não amamos a Deus para conquistar o seu amor. Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. Assim como o amor de Kyler é uma reação natural ao amor de sua avó, nossa devoção a Deus é uma reação natural ao seu grande amor por nós.

Oração:
Senhor amado, graças pelo teu amor. Que o nosso amor e devoção a ti sejam óbvios aos que nos cercam. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Como estou expressando meu amor por Deus?
Oremos pelos avós e netos.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013) 

terça-feira, 8 de julho de 2014



"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16)

Oração:
Ó Deus do túmulo vazio, graças pelo teu amor que esta além do entendimento. Ajuda-nos a ver e amar os outros e a nós mesmos como tu nos amas. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Deus nos olha com amor eterno.
Oremos pelas pessoas que duvidam do amor de Deus por elas. 

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013)

domingo, 6 de julho de 2014

Para refletir



"Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança." (Tiago 1.17)

Quando minha filha mais velha tinha cinco anos, ela aprendeu a dar graças antes das refeições. Ela começou com o trivial: "Obrigada, Papai, do Céu, por essa refeição, pela mamãe e pelo papai." Depois passou a olhar o que tinha na mesa e acrescentar: "Obrigada pela mostarda, pelos picles, pelos pães de hambúrguer e pelos pratos..." Embora a princípio eu achasse aquilo apenas uma anedota bonitinha para contar aos amigos, acabei me dando conta do quanto suas palavras eram realmente significativas.

Em um mundo no qual o alimento é escasso para muitas famílias, incluindo algumas em minha própria comunidade na fronteira entre os Estados Unidos e o México, nós que conseguimos colocar uma refeição nutritiva na mesa e ter amigos e familiares ao redor temos motivos para sermos profundamente agradecidos. Mesmo aquelas coisas que frequentemente negligenciamos ou tomamos como garantias - desde os temperos até produtos de limpeza - podem ser um verdadeiro luxo para outros.

Percebo a importância de doarmos aos bancos de alimentos locais, de oferecermos ou prepararmos refeições para pessoas que não podem sair de casa, ou contribuirmos para outras instituições de caridade que ajudam a alimentar os famintos. Eu tento apreciar não apenas as "grandes bênçãos" em minha vida, mas também as pequenas dádivas que tornam meus dias coloridos e especiais.

Oração:
Amado Deus, nós te agradecemos pelas tuas bênçãos. Ajuda-nos a lembrar de que tudo que temos vem de ti. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
As dádivas de Deus são grandes e pequenas.
Oremos pelos bancos de alimentos.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril 2013)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Para meditar


"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças." (Filipenses 4.6)

Oração:
Deus amoroso, graças pelo teu amor e cuidado demonstrados por teus filhos à nossa volta. Ensina-nos a retribuir com disposição de ajudar os outros em suas necessidades. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Como posso ajudar Deus a atender às necessidades de alguém hoje?
Oremos pelas pessoas desempregadas.

Fonte: Encontro Diário com Deus no Cenáculo (março/abril de 2013)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sugestão para leitura (A arte de amar)

O ensaio “A arte de amar” de autoria do Dr. Erich Fromm, trata do amor como  temática central.  Todavia, ao fazê-lo, inova apresentando-o sob um viés ético em vez de sentimental e, inclusive, critica acidamente esta interpretação derradeira, muito difundida na sociedade capitalista.

Em sessenta páginas, divididas em quatro partes, na versão digital do livro, o autor disserta sobre “a única resposta sadia e satisfatória ao problema da existência humana” (FROMM, Erich), baseando-se em diversos autores, principalmente, Karl Marx e Sigmund Freud, apesar de, por vezes, criticar as ideias desse último.

Logo no início o autor nos deixa claro que a leitura há de ser frustrante àquele que nela buscar  meios fáceis de amar. Segundo ele é preciso humildade, coragem, fé e disciplina para alcançar tal meta e, assim como são raros esses valores na sociedade contemporânea, raro é o amor.

Na primeira parte é discutido se o amor pode ser classificado como uma arte. Por meio, principalmente, de comparações com outros tipos de atividades reconhecidamente artísticas, infere-se que o amor em muito à arte se assemelha. Assim sendo, é preciso verificar os modos gerais por meio dos quais se domina uma arte e tentar aplicá-los à manifestação amorosa.

É necessário o domínio da teoria e da prática. Na segunda parte do livro, então, discorre-se o âmbito teórico. É nessa parte que ele desenvolve e revela o motivo de ser o amor a resposta ao problema da existência humana, por meio de uma “teoria do homem”. O problema é que o homem está irrecuperavelmente separado da harmonia com a natureza; a solução é harmonizá-lo com seu novo estado, humano. Isso só se alcança por meio do amor.

Amor tal que pode revelar-se por diversos objetos, também tratados cada qual em um tópico do livro: o amor fraterno –  fundamental; o materno –  incondicional; o erótico – fusão total e exclusiva com outra pessoa; próprio – causa e consequência do amor ao próximo; e, de Deus – o ideal supremo mais desejável.

Na próxima parte, intitulada “O amor e sua desintegração na sociedade ocidental contemporânea”, como sugere o título, o autor usa de argumentos marxistas, confrontando-os com outros, freudianos, para explicar a premissa expressa no início do livro de que o amor é valor raro, atualmente.

Ao fim, já que o conjunto da teoria e da prática é preciso à arte, Fromm disserta sobre esta última. Como alertado no começo do livro, ele não deixa os passos objetivos para se alcançar o amor, mas reafirma a inutilidade de tais moldes da autoajuda nesse caso. Esclarece que amar, diz respeito a uma profunda mudança de caráter, que, como na arte, deve ser aprendida e praticada diariamente, com perseverança, mesmo diante de falhas que possam ocorrer nesse caminho difícil, mas recompensador.

A leitura do livro é formidável, porque o autor consegue conciliar um estilo de escrita belo e simples, incomum no que concerne a textos acadêmicos, com um embasamento teórico sólido em autores consagrados como Marx e Freud, além das suas próprias observações e pesquisas, importantíssimas, já que ele mesmo é um Doutor consagrado.

A proposta de Fromm é desafiadora, em especial na sociedade contemporânea, que desvaloriza o ser humano e os valores éticos, em detrimento de bens materiais e do poder que traz o acúmulo desses. O sistema vigente e o amor são opostos, portanto, é um tipo de subversão o que propõe o autor como solução da problemática da existência humana.

Breno Ricardo. Escritor e Discente no Curso de História da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.